Vendo posts com a tag controle |
-
Códigos de sustentação de linguagem no cotidiano prisional do Rio Grande do Norte: Penitenciária Estadual de Paranamirim
Por Hilderline Câmara de Oliveira
Publicado em: 2010
A discussao neste estudo versa sobre a linguagem como prática social no cotidiano da Penitenciária estadual de Paranamirim, objetivando analisar os repertórios linguísticos tecidos no cotidiano prisional e buscando identificaar como se configuram as distintas formas de resistência aos mecanismos de controle do sistema penitenciário.
-
“O Estado vendeu o preso, e o PCC o comprou": consolidação do PCC no sistema carcerário paulista
Por Camila Caldeira Nunes Dias
Publicado em: 2009
O argumento central do artigo remete à responsabilidade do Estado na criação e na consolidação do PCC no sistema carcerário paulista. Muito embora outros elementos sejam importantes na compreensão deste processo, é indubitável o papel do Estado, tanto na sua ausência quanto na sua presença distorcida, incluindo a instituição do RDD, como catalisador do discurso que permite ao PCC legitimar a sua presença e o seu controle das unidades prisionais, senão de forma consensual entre a população carcerária, através de uma ampla base de apoio, que lhe garante o exercício duradouro desse domínio.
-
O modelo punitivo carcerário: entre a crise teórico-ideológica e o reafirmar-se político
Por Karina Nogueira Vasconcelos
Publicado em: 2009
Trata-se de uma breve análise da história de um sistema em expansão - o cárcere -, relacionando-o com os modelos de controle social desenvolvidos na Modernidade e seus reflexos atuais. Não obstante a diminuição da população carcerária, durante certos períodos em alguns países europeus e mesmo nos Estados Unidos, acompanhada pelo surgimento de teorias abolicionistas ou mesmo protagonistas das lutas por um Direito Penal Mínimo e da ausência de fundamentação teórica ao cárcere, o sistema prisional continua a expandir-se.
-
O encarceramento em massa em São Paulo
Por Jacqueline Sinhoretto, Giane Silvestre e Felipe Athayde Lins de Melo
Publicado em: 2013
O artigo aborda desdobramentos do encarceramento em massa, resultantes das normas e moralidades que regem a vida prisional, sobretudo as formas de compartilhamento entre a administração e os presos e seus familiares na gestão do cotidiano na prisão. Tal compartilhamento ultrapassa os limites físicos das prisões, produzindo efeitos sobre os mecanismos do encarceramento e o seu crescimento. Observou-se a negociação entre instâncias da administração penitenciária, grupos organizados de presos e seus familiares para manter a ordem interna e para a execução das tarefas do tratamento penitenciário.
-
Do outro lado do muro: a crise de eficácia dos direitos das detentas do presídio feminino de Florianópolis
Por Vanessa Maciel Lema
Publicado em: 2016
Este trabalho busca compreender o contexto histórico do sistema de controle social punitivo, como este funciona de forma seletiva na criminalização, segregação e consequente exclusão das classes dominadas. O método de abordagem utilizado é o dialético, pois parte, em um primeiro momento, dosurgimento e afirmação histórica das instituições do sistema penal moderno, bem como dos direitos enquanto discurso declarado nos instrumentos jurídicos nacionais e internacionais para depois serem confrontados com a realidade que, via de regra, os negam, configurando a antítese e, finalmente, são apontadas algumas medidas possíveis para a superação deste antagonismo, a título de síntese.
-
Creche na prisão feminina do paraná – humanização da pena ou intensificação do controle social do Estado?
Por Silmara Aparecido Quintino
Publicado em: 2016
Esta é uma pesquisa sobre o impacto social e também o impacto sobre os indivíduos, causado pela existência de uma creche no interior de uma penitenciária feminina no Paraná. A creche neste trabalho é vista como uma forma de controle social perverso do Estado sobre as classes mais pobres da sociedade. Partimos de uma pesquisa bibliográfica de autores clássicos e contemporâneos que discutem não apenas os aspectos das prisões em si, mas o crime e a criminalização de certas classes sociais. Analisamos a prisão desde sua origem como pena em si mesma até a transformação do Estado de bem-estar social em Estado penal e ressaltamos suas conseqüências para a
sociedade como um todo. Apresentamos como resultado de uma pesquisa de campo o olhar das agentes penitenciárias e técnicas do
sistema que trabalham naquela unidade, o olhar das mães e finalizamos com uma discussão a respeito dos efeitos de se manter a creche, principalmente sobre as crianças que desde cedo aprendem qual o tipo de política pública o Estado reserva aos pobres.