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“A Caravana do Amor”: Um estudo sobre reciprocidades, afetos e sexualidade em um estabelecimento prisional que comporta homens e mulheres em seu interior, Rio Grande/ RS
Por Sabrina Rosa Paz
Publicado em: 2009
O presente estudo etnográfico foi realizado junto a mulheres que cumpriam pena no Presídio Estadual de Rio Grande. O estudo propôs-se analisar o sentido das práticas do namoro, do casamento e do exercício da sexualidade, engendradas num presídio que comporta homens e mulheres em seu interior, a partir do ponto de vista das mulheres. Observou-se discursos e práticas que apontam a experiência prisional como redimensionadora da gramática das relações do contexto da rua, tendo em vista a fratura dos laços entre consanguíneos e o estreitamento das relações entre mulheres e homens presos.
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A reforma prisional no Recife Oitocentista: da Cadeia à Casa de Detenção
Por Flávio de Sá Cavalcanti de Albuquerque Neto
Publicado em: 2008
Este trabalho pretende analisar a construção da Casa de Detenção do Recife dentro do contexto de reforma prisional do Brasil Império. Leva-se em consideração que, embora a construção da Casa de Detenção do Recife, bem como das demais prisões penitenciárias do Império, seguissem modelos estrangeiros, esses paradigmas não foram simplesmente copiados, mas adaptados de acordo com as particularidades da sociedade escravista brasileira.
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O caos ressurgirá da ordem: Fernando de Noronha e a reforma prisional no Império
Por Marcos Paulo Pedrosa Costa
Publicado em: 2007
Este trabalho analisa a história do Presídio de Fernando de Noronha no contexto da reforma prisional do Brasil do século XIX. Os objetivos consistiram em: compreender o papel do projeto de sistema prisional do Império brasileiro em um processo de civilizar a nação; analisar os projetos de reforma e os Regulamentos para o Presídio de Fernando de Noronha; e pesquisar as rotinas construídas na ilha-presídio, além da aplicação prática dos projetos governamentais.
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Detenção: as relações de poder entre encarcerados e carcereiros a partir dos estudos de Goffman e Foucault
Por Johanna Gondar Hildenbrand, Lobelia da Silva Faceira, e Sebastião Meirelles Sant'anna
Publicado em: 2014
O artigo tem a proposta de discutir as relações de poder entre encarcerados e carcereiros nas instituições penais a partir do filme Detenção (The Experiment, 2010, EUA), de Paul Scheuring. A partir do filme busca-se observar as consequências do poder cedido pela instituição aos carcereiros, tidos aqui como uma equipe dirigente, e de que forma esse mesmo poder age no grupo dos prisioneiros levando-o progressivamente à modificação da subjetividade enquanto anulação do eu civil.
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Articulação entre o mundo interno e externo às instituições prisionais: questões para a construção de um novo paradigma no domínio da sociologia das prisões
Por Sérgio Adorno e Camila Nunes Dias
Publicado em: 2013
O objetivo deste texto é colocar em evidência o aumento e maior intensidade da articulação entre o mundo interno das prisões e da sociedade livre. Esse propósito possibilita repensar hipóteses desenhadas em estudos clássicos que sugerem a existência de uma ruptura entre estes dois universos sociais, com maior ou menor grau de permeabilidade entre eles, sintetizados nos conceitos-chaves de três clássicos dos estudos prisionais: o conceito de cultura prisional de Donald Clemmer [1940], sociedade dos cativos de Gresham Sykes [1958] e instituição total de Erving Goffman [1963].
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Revista do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, v. 1, n. 19, 2006
Por Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária
Publicado em: 2016
Revista do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, v. 1, n. 19, 2006.
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O adoecimento psíquico do agente penitenciário e o sistema prisional: Estudo de caso em Sete Lagoas
Por Juliana de Carvalho Campos e Rosânia Rodrigues de Sousa
Publicado em: 2016
Este estudo analisou a relação entre o sistema prisional e o adoecimento psíquico do agente penitenciário. Através de um estudo de caso, realizado com dezessete agentes penitenciários do Presídio de Sete Lagoas, Minas Gerais, A partir do referencial teórico de Dejours, Foucault e Goffman procurou-se analisar a questão do trabalho, subjetividade, mortificação do eu dos agentes penitenciários, bem como, a relação destes com o adoecimento. O trabalho possibilitou identificar que o agente penitenciário ainda tem sua identidade associada à do antigo carcereiro, marcada por agruras e covardias e oscilando entre uma imagem de carrasco e redentor – um dos paradoxos desta função. Paradoxo este que traz implícito a omissão do Estado ao atribuir ao agente a responsabilidade de estabelecer a conduta adequada a cada momento. Ainda refletindo sobre este paradoxo, o agente se apresenta sob e diante da relação de poder, massificado duplamente, enquanto gestor e trabalhador. Outras contradições/paradoxos dessa categoria estão presentes em outras situações cheias de paradoxos, tais como: se sentirem desvalorizados x trabalho como sinônimo de utilidade pública; desgaste físico e mental x licenças e faltas atribuídas à falta de compromisso; trabalham com pessoas que não são confiáveis x identificarem se como ‘desacreditáveis’; dizer que o trabalho não influencia a vida pessoal x escolher lugares, companhias.