Vendo posts com a tag criminalidade organizada pol��ticas penitenci��ria pcc ataques de 2006 |
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Políticas penitenciárias, um fracasso?
Por Rosa Maria FIscher e Sérgio Adorno
Publicado em: 1987
O artigo aponta para a existência de uma correlação entre o processo de transição democrática que incide sobre a sociedade e a insistência com que a questão penitenciária vem sendo veiculada pelos principais periódicos da cidade. Como pressuposto dessa situação está que: a construção democrática não pode desconhecer o imperativo político que requer atenção especial para as instituições tradicionalmente encarregadas da preservação da ordem pública, o complexo polícia-justiça-prisão.
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Política penitenciária no Estado do Rio de Janeiro: agenda de discussões após o caso do Carandiru
Por Cesar Caldeira
Publicado em: 2013
O artigo aborda a ambivalência da opinião pública em relação aos três julgamentos criminais realizados no caso do massacre do Carandiru. Com base em estatísticas oficiais da Seap-Rio de Janeiro discute-se a trajetória das decisões tomadas a partir de inúmeras crises como rebeliões e fugas, pressões políticas e institucionais regionais, nacionais e internacionais. Por fim, aponta-se para a urgência de construção de política penitenciária antifacções criminosas como parte da solução para a superlotação carcerária.
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Pesquisas em cadeia
Por Débora Diniz
Publicado em: 2015
Este ensaio é um relato de experiências de pesquisas em cadeia. Cadeia é metonímia para o arquipélago punitivo – manicômios judiciários, prisões e unidades socioeducativas. Ao final, provoco as formas de escritura e vidência sobre cadeias e bandidos. Arrisco dizer que as pesquisas sobre cadeia são masculinas na escrita e na vidência.
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Perfil dos internos no sistema prisional do Rio de Janeiro: especificidades de gênero no processo de exclusão social
Por Márcia Lazaro de Carvalho, Joaquim Gonçalves Valente, Simone Gonçalves de Assis, Ana Glória Godoi Vasconcelos
Publicado em: 2006
O estudo do perfil sociodemográfico, história penal, uso de drogas e doenças sexualmente transmissíveis da população carcerária do Estado do Rio de Janeiro, em 1998, permitiu conhecer diferentes características da população prisional por sexo. O objetivo deste estudo é identificar se o perfil de exclusão social a que essa população é submetida difere quanto ao sexo. A análise dos dados permitiu concluir que embora esses homens e mulheres sejam igualmente excluídos da “vida social” muito antes e também depois da prisão, existem algumas características que os diferenciam nesse processo de injustiça social.
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Percurso recente da política penitenciária no Brasil: o caso de São Paulo
Por Marcus Vinicius Gonçalves da Cruz, Letícia Godinho de Souza e Eduardo Cerqueira Batitucci
Publicado em: 2013
Esse artigo analisa a trajetória recente da política criminal em São Paulo, marcada por um endurecimento dos regimes de pena, encerrando o período de humanização dos anos 1980. O recrudescimento das ações da “sociedade dos cativos”, controles mais rígidos e o embate político e midiático reforçaram um ciclo vicioso voltado para o aumento da repressão. Conclui-se que foram mantidas as características paradoxais, em que de um lado a sociedade assume a custódia e a defesa de sua dignidade humana dos agressores como obrigação moral, enquanto falha na garantia de suas necessidades básicas.
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Os agentes penitenciários em Minas Gerais: quem são e como percebem a sua atividade
Por Victor Neiva Oliveira, Ludmila Mendonça Ribeiro e Luiza Meira Bastos
Publicado em: 2015
Os agentes penitenciários são atores centrais da cena prisional, possuindo a tarefa precípua de zelar pela disciplina e segurança. Este artigo analisa as percepções dos agentes penitenciários mineiros quanto a sua trajetória profissional e suas condições de trabalho. Os dados analisados são resultantes de um survey com esses profissionais, que procurou coletar informações múltiplas, de forma a construir um panorama sobre quem são os ASPs e como eles percebem as suas atividades.
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O olhar inverso: as relações de poder no complexo de prisões da Rua Frei Caneca (1930 – 1960)
Por Sandra de Almeida Figueira
Publicado em: 2012
O que o estudo sobre o olhar inverso realizado no complexo da Rua Frei Caneca no Rio de Janeiro traz de diferente na concepção da prisão moderna concerne ao fato de que era o preso que detinha poder panóptico sobre o vigilante. Focamos compreender como ocorreu essa inversão e, apesar dela como um grande número de pessoas foram mantidas presas durante anos. As consequências do olhar inverso para a prisão, para a qualidade de vida do funcionário e para o tratamento dos presos foram também analisadas, assim como de que forma a tecnologia poderá contribuir com a melhora nos serviços prisionais.
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Modos de vida de internos do sistema penitenciário capixaba
Por Gilead Marchezi Tavares e Paulo Rogério Meira Menandro
Publicado em: 2008
Partindo do referencial da RedSig e da filosofia espinosana, este trabalho objetivou investigar os modos de vida produzidos na e pela prisão, apostando no conhecimento de alguns circunscritores do processo de constituição de pessoas que habitam os presídios. Os quatro casos investigados são apresentados a partir da iluminação das histórias de vida dos sujeitos entrevistados, de seus sentimentos em relação à experiência da vida prisional e de seus modos de vida.
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Memória e historicidade em dois "comandos" prisionais
Por Karina Biondi e Adalton Marques
Publicado em: 2010
O artigo retrata um embate fictício (o que não quer dizer que seja irreal) entre um preso relacionado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e outro, ao Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade (CRBC). O intuito é mapear diferentes historicidades acerca dos “comandos” prisionais em São Paulo. O diálogo tenso e violento entre esses presos opera um choque de seus pontos de vista, significativamente opostos. Nesse exercício, revelam-se realidades distintas – porém não contraditórias –, constituídas a partir de diferentes memoriais sobre as “guerras” que envolveram os citados “comandos”.