Vendo posts com a tag controle interno |
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Homens confinados, espaços marcados
Por Gisele Victor Batista e Luiz Fernando Scheibe
Publicado em: 2003
A Penitenciária Pública de Florianópolis foi inaugurada em 1930, como um instrumento higienicista. Atualmente ela abriga cerca de mil presos, divididos entre Presídio Masculino, Presídio Feminino, Ala de Segurança Máxima e o Hospital de Custódia. Apesar de cada ambiente ser constantemente policiado, estabelece-se, paralelamente ao poder carcerário, uma organização interna entre os detentos. As leis que regem os detentos estão além daquelas dos que os julgaram e isso só enfatiza a importância do espaço enquanto instrumento de exercício de poder.
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Discutindo elementos para a definição e a atuação de coletivos de internos do sistema prisional de São Paulo e da Bahia
Por Luiz Claudio Lourenço e Camila Nunes Dias
Publicado em: 2015
O objetivo deste texto é propor uma discussão sobre os elementos que colaboram na emergência e atuação deste coletivos de internos do sistema prisional, debatendo as similaridades e as diferenças na sua conformação e nas suas práticas, bem como a possibilidade de defini-los de acordo com os termos usados na literatura internacional, a partir da análise de dois contextos prisionais distintos: São Paulo, considerando a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Bahia, com a ação do Comando da Paz e Caveira.
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Disciplina, controle social e punição: o entrecruzamento das múltiplas redes de poder no espaço prisional
Por Camila Caldeira Nunes Dias
Publicado em: 2012
O artigo pretende focar a análise nos processos de interação cotidiana que envolvem os presos comuns (independentemente de seu
pertencimento a grupos criminosos) e a administração prisional local (sobretudo os agentes penitenciários) a partir da dinâmica da produção da punição, que envolve a identificação do culpado, o seu julgamento e a imposição dos mecanismos punitivos sobre os presos acusados de infração ao regulamento institucional. -
Crime e metamorfoses da construção da ordem nas prisões
Por Fernando Salla e Camila Nunes Dias
Publicado em: 2014
O presente paper procura aprofundar as reflexões acadêmicas sobre a construção da ordem nas prisões tendo como ponto de partida a experiência da formação e consolidação do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) no sistema prisional paulista
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Controle disciplinar e relações de poder nas prisões em São Paulo
Por Fernando Salla e Camila Nunes Dias
Publicado em: 2011
O artigo discute o momento e as formas por meios das quais o Primeiro Comando da Capital assume a hegemonia do controle das prisões no estado de São Paulo, abordando aspectos da "Disciplina de Comando" do PCC, que agrega conteúdos "morais‟, como o pertencimento dos indivíduos às mesmas categorias sociais (dominadas e exploradas), a irmandade dos presos no sofrimento, a solidariedade entre eles a partir do compartilhamento da experiência do encarceramento.
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“O Estado vendeu o preso, e o PCC o comprou": consolidação do PCC no sistema carcerário paulista
Por Camila Caldeira Nunes Dias
Publicado em: 2009
O argumento central do artigo remete à responsabilidade do Estado na criação e na consolidação do PCC no sistema carcerário paulista. Muito embora outros elementos sejam importantes na compreensão deste processo, é indubitável o papel do Estado, tanto na sua ausência quanto na sua presença distorcida, incluindo a instituição do RDD, como catalisador do discurso que permite ao PCC legitimar a sua presença e o seu controle das unidades prisionais, senão de forma consensual entre a população carcerária, através de uma ampla base de apoio, que lhe garante o exercício duradouro desse domínio.
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Memória carcerária: intimidade tutelada e discursos eugênicos
Por Elisa Maria dos Anjos e Fábio Vicente Gonçalves Queiroz
Publicado em: 2015
O presente trabalho se propõe a discutir a presença e o impacto dos ideários eugênicos que se manifestam no discurso dos atores no interior das prisões, buscando entender como a visita íntima, uma política institucional elaborada especificamente para o sistema prisional, pode contribuir, e se efetivamente contribui, para o processo de ressocialização do apenado uma vez que, objetivamente, ela é operacionalizada em meio a uma “rede” que, no interior do espaço prisional, mais parece desconstruir do que fortalecer os “laços sociais” dos apenados que ela se propõe a manter.
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Sociologia da prisão
Por Philippe Combessie
Publicado em: 2004
Resenha do livro Sociologia da Prisão (2001), de Philippe Combessie, elaborada por Isabel Pojo do Rego.
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“Quem mantém a ordem, quem cria desordem”. Gangues prisionais na Bahia
Por Luiz Claudio Lourenço e Odilza Lines de Almeida
Publicado em: 2013
Em diversas democracias ocidentais onde diretrizes políticas de encarceramento foram adotadas, é possível observar a existência cada vez mais forte e recorrente de coletivos organizados de presos, a saber, as gangues prisionais. No Brasil, esse fenômeno também é observado em boa parte de suas unidades federativas. Procuramos aqui identificar alguns dos fatores e das nuanças que compuseram a relação entre Estado, administração prisional e as duas principais gangues prisionais que atuaram na Bahia durante a primeira década dos anos 2000.